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28 julho 2014

Amamentação: Quando me livrei do relógio

No dia 13 de Março, eu tive a minha primeira aula prática de amamentação. Aí, a enfermeira ensinou: "Hoje ela tem que mamar 5 minutos em cada peito,num intervalo máximo de 2h/2:30h."
Tá. mas e se ela não mamar? Tudo bem, sabemos que nas primeiras 24h o bebê tem uma reserva nutricional, mas não sabemos com certeza em que momento termina, então é preciso insistir até o bebê aprender a pegar. 
No segundo dia, a ordem foi aumentar: 10 minutos em um peito e 5 no outro. Depois, foi de 5 em 5 ou o tanto que o bebê conseguir.

Que fique claro que, as enfermeiras me trataram super bem. O pediatra me disse antes de nós irmos embora, que se o bebê quisesse mamar fora do horário, claro que poderia. Me deu a carterinha da vacina e deu tchau. Mas o foco não era esse.

Mas aconteceu que, quando eu voltei pra casa, esse negócio de marcar tempo e intervalo de 2h me deixou neurótica. E o que acontece com as mamães nas primeiras semanas???? Ficamos exaustas. E perdemos a memória. Logo, eu coloquei todo mundo na neura junto. Eu mesma não conseguia prestar atenção no tempo devido ao cansaço (aliás, mal sabia quem era eu! hahaha), mas ficava MUITO preocupada em segui-lo. Então, eu fazia os outros cronometrarem pra mim.
Às vezes, quem estava como relógio se perdia também... Daí a Carol não queria mamar os minutinhos corretos.... Uma bagunça. Por mais que a intenção seja boa, dar um norte para nós, pois não sabemos o quanto os bebês mamam num determinado momento e nem se a quantidade é suficiente, na verdade isso tirou minha paz. O momento de amamentar, que deveria ser prazeiroso, único, o máximo entre eu e minha filha, me deixava aflita e com medo dela não mamar o suficiente. Ainda tinha que lidar com a preguiça da Carol pra acordar. Lembro de ficarmos 1 hora tentando acordar a bela adormecida para a mamada.

Quando fui embora da maternidade,  já sabia que não estava OK. Em casa, comecei a destrinchar todos os arquivos maravilhosos que o GVA disponibiliza no Facebook. Enquanto eu lidava com as mamadas da Carol, ia me enriquecendo de informação e emponderando-me para amamentar com sucesso. Quando o primeiro mês terminou, nós vimos que ela engordou aproximadamente 1.100kg. Eu finalmente respirei tranquila, constatei que já eu tinha colhido informação suficiente para mudar de atitude -----> Nunca mais olhei para o relógio.

A sensação foi essa mesmo!



Pensando bem, nós duas ficamos livres. Isso foi possível por que o que eu aprendi abriu caminho para que eu pudesse confiar, acreditar na amamentação e na parceria mãe-filha para fazer esse momento acontecer.E todo esse processo contínuo de conhecimento, me fez absorver uma verdade: No que diz respeito aos bebês;

Tudo passa pela amamentação.

- Desde o simples ato de alimentar;
- Oferecer aconchego;
- Segurança.
 Que são os motivos mais divulgados para incentivar a amamentação

O sono do bebê,  comportamento, o emocional, o tratamento de alguma doença/enfermidade, situações de estresse/angústia, dentição, mastigação... Enfim, todas as mudanças que acontecem, seja de ordem física, neurológica, emocional, enfim.. Tudo está ligado à amamentação de alguma forma.
Três sub-temas me fizeram reavaliar tudo o que me fora ensinado naquela aula na maternidade:

 - Amamentar em Livre Demanda;
 - Como funciona a Produção de Leite Materno;
 - e o Controle da Composição do Leite.

São assuntos bem extensos, mas saber os princípios básicos, era tudo o que eu precisava para me ver livre do relógio e curtir pra valer o ato de amamentar a Carol. 
Uma pesquisa rápida no Google e você vai encontrar muito sobre esses temas. Materiais valiosos, disponíveis em poucos cliques. Mas decidi escrever os pontos de destaque que eu, mãe, tomei pra mim. 
Não precisamos ser ninjas, mas um pouco que a gente saiba, nos fará compreender melhor o que acontece com o corpo feminino e com os bebês. De forma bem doméstica e simples, escrevi um resumo sobre esses conceitos, com as devidas fontes indicadas, para quem quiser aprofundar - e eu recomendo! 
Descobri cada coisa, que me fez ficar de boca aberta com maneira PERFEITA de acontecer o "sistema" da amamentação.

[continua]



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